quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Angel


Capítulo cinco
Um tempo depois dos quatro primeiros capítulos, quando Aurora finalmente estava recuperando seus amigos de antes e voltando a ser popular como era. Com Taylor ainda tentando fugir de tudo isso (sem perder a amizade da melhor amiga, contanto que ela não mudasse também, o que não vai acontecer) pelas coisas do seu passado. Com Miles ainda sendo Miles, e com Niall tendo a sua chace de ganhar, finalmente, o seu tão esperado "sim".....



- Você tem que ir a minha festa!- Taylor escutou a leve "bufada" de ar que ela soltou no fim da frase. Mordeu o lábio inferior, reprimindo uma risada. Retornou a cara séria de antes, e apenas falou:
- Eu nunca disse que não iria, isso não está em discussão. O que eu disse que não iria fazer era dançar, só isso.- Aurora revirou os olhos, e dessa vez Taylor riu.
- Não ria!- Ela lançou um daqueles "olhares fulminantes", e Taylor decidiu que era melhor mesmo ficar quieta. Aurora pareceu gostar mais dessa reação, então prosseguiu- Você já vai estar lá, com um vestido super bonito, maquiagem bem feita e o cabelo mais maravilhoso de todos e..
- Só não tão maravilhoso quanto o seu próprio cabelo, tenho certeza. - Taylor a interrompeu com um sorriso travesso nos lábios. 
- Bem, sim- Ela respondeu dando de ombros- Mas isso não seria justo, não seria certo
- Tenho certeza de que não
- Continuando...- Falou com um pouco mais de impaciência- você já estará lá, é minha melhor amiga. É muito importante para mim, então o que custa você dançar no meu cortejo?!- Taylor pensou em uma resposta rápida, como sempre tinha em uma hora dessas. Mas na verdade, percebeu que não tinha nenhuma. Não tinha nenhum argumento bom o suficiente para se recusar a dançar. Sabia que não queria ser um destaque, nem por um único dia que fosse, o que claro que ela seria se dançasse, mas também sabia que amava a melhor amiga como a irmã que ela não teve. E que, se fosse tão importante para ela, ela dançaria. Foi quando finalmente resolveu dizer:
- Certo, você tem razão. Se é importante para você, é importante para mim também. Eu vou dançar- Viu no rosto de Aurora um sorriso, lentamente começando a crescer até se tornar tão radiante, que a contagiou e ela teve que sorrir também.  Era incrível como ser o motivo da alegria de alguém tão querido assim, era tão bom quanto o sorriso. 
- Eu sabia que você não era tão má assim!- Aurora a abraçou tão com tanta força, que Taylor foi esmagada na hora e nem teve como retribuir
- E alguma vez pensou que eu fosse de algum jeito má?- Respirou fundo enquanto puxava o ar entre a risada leve que soltou. Mas Aurora ignorou seu comentário
- Obrigada! Obrigada! Obrigada! - Ela lhe encheu as bochechas de beijos enquanto soltava gritinhos afetados
- De nada - Puxou o ar mais uma vez- Tá me esmagando
- Ah! Desculpa - Aurora a soltou tão de repente que Taylor caiu no sofá, sem equilíbrio. Quando finalmente voltou, quase, ao seu normal, Aurora pegou a sua bolsa de cima da poltrona em que havia deixado- Eu já vou - Disse, ainda sorrindo
- Mas já?! Por que?
-Tenho mais algumas coisas para resolver ainda hoje, agora que eu já resolvi a coisa mais importante da lista que ainda faltava
- Então eu era o mais importante da sua lista? Quanta honra! - Aurora revirou os olhos, odiava ser interrompida
- Como eu ia dizendo... É hora de voltar a me ater somente aos pequenos detalhes, os que ainda faltam, pelo menos. - Ela foi se direcionando para a porta - Até mais tarde 
- Até- Taylor ouviu a porta se fechar assim que ela saiu. Estava feito, passaria a madrugada, ou pior, o dia todo em uma festa, como a tempos não fazia. Iria fingir sorrisos para pessoas de quem na verdade  não gostava. Colocaria saltos brilhantes e dançaria, dançaria e dançaria, até que Aurora dissesse "chega". Sabia que estava sendo um pouco dramática demais, sabia que na verdade seria tudo muito legal, se pudesse ver a amiga sorrir. E ela iria sorrir, sorriu o mês, a semana inteira, no fim do dia com certeza estaria com as bochechas doendo pelo excesso de uso. Respirou fundo, se preparando para o fim de semana que estava quase chegando. Com um pouco de sorte, as bochechas dela também iriam doer no fim do dia.   

Na sexta feira, um dia antes da festa...

Pensamento positivo, pensamento positivo. Continuava repetindo, mentalmente, para si. Ficava mantendo isso na cabeça desde que chegou na bendita casa de praia, nada de estranho tinha acontecido até agora então parecia estar dando tudo certo. Então decidiu continuar com seu mantra poderoso da sorte. O dia passou muito bem, todos estavam se divertindo bastante e Aurora ainda continuava sorrindo tanto, que achou que ela pudesse ter colado o sorriso no rosto com super cola. A casa estava ceia, Taylor acompanhou de perto todos os preparativos e sabia que a festa iria ser grande, mas de alguma forma não chegou a imaginar que seria tanto.  Estava descendo as escadas para ir a cozinha, sempre tinha um pouco de fome no meio da madrugada. A maioria, ou melhor, todo mundo tinha passado o dia todo na praia, e quando chegaram de noite, todo mundo estava exausto e subiram direto pros quartos pra irem dormir. Por isso Taylor achava muito difícil encontrar com alguém perambulando por ali esse horário. Abriu a geladeira e ficou um tempo vendo as opções que tinha. 
Atá que  escutou um barulho, fechou a geladeira e olhos para os lados, de fato não tinha ninguém. Mas escutou o barulho de novo, até que percebeu que não era um barulho, e sim uma voz . Uma voz familiar, mas não tanto. Achou estranho ter alguém acordado além dela então decidiu seguir o som. O que a levou até a parte de fora, a porta de correr de vidro estava aberta, por isso ela podia ouvir. Se encostou na parede e meteu a cara para fora. Ela viu alguém sentado em uma das cadeiras da parte coberta. Tinha um caderno e uma caneta em um banquinho a frente e um violão no colo, mas havia parado de tocar para pegar a caneta e escrever alguma coisa no caderno. Estava compondo, disso dava pra ter certeza. Taylor sempre admirou as pessoas que podiam cantar, ou tocar. Quando era criança até tentou fazer algumas aulas de bateria, pra ver se aprendia a tocar, mas no fima das contas era péssima, então desistiu. Seus pais e vizinhos agradeceram muito. Se ela não podia ler nem uma partitura direito, compor então é impossível. Talvez só não tivesse mesmo talento pra isso. Balançou a cabeça, voltando ao mundo real. ela tinha que sair dali, ela sabia que tinha mesmo que sair dali. Deveria deixar a pessoa na paz da privacidade dela para poder compor. Mas ele tinha voltado a tocar, e a melodia era tão boa e tão suave, que quando ela se pegou sorrindo, ela sabia que não podia e que não mais sair dali. Talvez se ela ficasse em silêncio, talvez se ficasse assim mesmo como estava sem fazer barulho algum e quietinha, a pessoa não perceberia nada e ela poderia ficar ouvindo um pouco mais, sem que ninguém soubesse. Sem que chamasse atenção.
Mas como todo dia bom , ainda poderia guardar a sua cota de azar para o final dele, quando ela focalizou de novo o rosto dele ( já que apenas tinha visto o perfil na verdade, e ainda por cima, no escuro) ela percebeu que ou ele se mexia rápido demais e sem barulho, ou, ela estava realmente distraída, porque ele a estava olhando com se ela fosse alguma coisa nunca antes vista pela humanidade. E antes que pudesse fazer qualquer coisa (além de arregalar os olhos pelo susto) como correr, que era o que ela realmente queria, sentiu seus lábios se abrirem. e antes que pudesse se conter, se ouviu falar. Bem baixinho:
-Niall? 

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